Em plena pandemia, cercados de medos e incertezas, sua presença era constante...
Uma presença forte, intensa e quente. Como o sol, não podia ser tocada...
Mas podia ser sentida, vivida e consumida... Você estava aqui, mesmo que distante.
Seu carinho e seu olhar atravessavam as horas, o vazio, a lonjura sólida
E, como uma brisa de primavera, acariciavam meu rosto moldando um sorriso bobo.
Seu “Bom dia” me despertava para a vida, para o que viria
O “boa tarde” empurrava os ponteiros do relógio até o “boa noite”... era assim o tempo todo
Eram momentos, eram vidas eram eras... era o que a gente queria
Quando, de fato, nos encontrávamos... não havia chão, não havia céu
Havia sincronismo cardíaco, ritmado a 200bpm. Havia fogo. Havia o toque.
O toque, a pele, o cheiro, a amizade, o amor palpável
Aqueles sempre foram momentos mágicos... momentos em que o calor fundia nossas almas
Almas que esqueciam os riscos e superavam os desafios mais insanos
Era torcida, era carnaval, era espetáculo, eram palmas... eram planos.