9 de dez. de 2021

A confiança (de Afonso Celso)




Sem ti, a mente se afunda,

Minada em seus alicerces:

Feliz daquela em que exerces

Tua ascendência fecunda.


De quem te adota por guia

Quão segura a diretriz!

Sim! Feliz o que confia,

Feliz, três vezes feliz!


Mas, como o vidro, és frangível.

Não raro, a um gesto, a uma frase,

De chofre vai-se-te a base;

Cais, e, depois, é terrível.


O vidro quebrado corta

A mão que incauta o apertou...

Oh! como a confiança morta,

Coração, te retalhou!


Tudo falácia e quimera...

- Tem talvez sorte bendita

Esse que em nada acredita,

Nada esperou, nada espera. 


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