7 de out. de 2021

Mãos


Ao entardecer, quando o sol já beijava o horizonte

Foi que vi a tempestade se formando

As nuvens escureceram e os trovões retumbaram

Minha preocupação era, disso te manter distante

Não suportaria ver um raio te atingindo

Meu medo foi que as ondas te levassem

Em meio a tempestade que chegou, me vi imóvel

Paralisado pelo temor, não percebi que de sua mão estava soltando

Não ouvi, de ti, nenhum pedido de socorro

Mas, cego pelo medo não ouvi o seu silêncio tangível

Distante de seu perfume, não senti você se afastando

Quando a tempestade passou e vi que você já não estava ali

Busquei, desesperadamente, uma referência

Tentei te encontrar, tentei te ver... um contato virtual e cheguei até ti

Magoada pela tempestade e ferida por eu não ter mantido minha mão na sua

Seu olhar era distante e sua voz uma lembrança

Agora seu sorriso, só em minha memória, a tristeza estrua

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