12 de jan. de 2009

Empreitadas

Construimos castelos sabendo que em algum momento eles se desmancharão no ar...
Porque os construímos?
Quando estou construindo meu(s) castelo(s), não penso nem deixo que me digam que um dia ele se desfará.
Enquanto estou empenhado na base do castelo, ele é indestrutível. Assim terei um castelo capaz de suportar o encanto das brisas que beijam seu contorno.
Durante o tempo que dedico à adorná-lo, ele é o mais fantástico dos mundos!!! E ainda que falte o sol, não faltará luz sobre o castelo, pois a porção de alma aplicada na construção, o faz brilhar. E mesmo que, inevitavelmente, ele venha a se dissolver no tempo, a porção de alma ficará lá... imortal, para nos lembrar de que alí investimos nosso sentimento.

Enquanto admiramos obra concluída, ou em conclusão, e percebemos que o vento está a desfazendo pouco a pouco... Eu, pelo menos, me sinto como se recebesse um olhar carregado de ódio de alguém que amo nas primeiras horas de um dia de sol em pleno verão, como se este olhar, moldado em desprezo concentrado, pungisse nosso coração e nele se alojasse em chamas....
Apesar de sabermos que essa dor pode, um dia, nos consumir... insistimos em construir nossos castelos e a lutar contra o vento, para que ele continue sólido...
Trocando em miúdos....
Cultivar um relacionamento, por mais doloroso que possa ser, nos enche de paz, nos ensina a amar, nos faz sentir a vida em sua plenitude... Por mais besteiras que façamos, por mais pedras que estejam em nosso caminho... vale cada segundo... cada lágrima e cada sorriso!!!!
Sou instável sim e sinto com intensidade cada possível probabilidade de um mínimo sentimento. Isso me faz quem sou, isso me torna o que sou isso me molda lenta e dolorosamente...

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